Deus: Alegria que não passa

E nada melhor do que encerrar este domingo com esta postagem cheia de lindas palavras!Palavras estas que mostram onde se encontra a verdadeira Felicidade, aquela que não acaba jamais e a beleza da Cruz, que para muitos parece loucura, derrota, mas que verdadeiramente é fonte de força, coragem e certeza de que não estamos sozinhos na caminhada, pois quando levamos nossa Cruz adiante devemos saber em nosso coração o fato de que Jesus está conosco nesta caminhada.

 “Abrace a cruz de Jesus e nunca lhe faltará força. Lancemo-nos nos braços de Jesus, nos braços da cruz, e aguardemos com humildade e paciência até que Ele se digne levantar-nos”. (São Pio de Pietrelcina)
Bento XVI assomou, ao meio-dia deste domingo, ao balcão que dá para o pátio interno da residência pontifícia de Castel Gandolfo – onde se encontra neste período de verão europeu – para rezar com milhares de fiéis e peregrinos presentes a oração do Angelus.

Na alocução que precedeu a oração mariana, o Santo Padre destacou a página do Evangelho deste XXII Domingo do Tempo Comum.

"O cristão segue o Senhor quando aceita com amor a sua cruz": disse o Pontífice. Somente Deus pode dar aos homens a alegria que não passa, não bastam o sucesso e o bem-estar, mas o caminho que leva à felicidade é o caminho misterioso cruz: de fato, Bento XVI comentou o Evangelho deste domingo, em que Jesus anuncia aos discípulos que deverá morrer e depois ressurgir.

Pedro protesta, se rebela. "Mostra-se evidente a divergência entre o desígnio de amor do Pai – que chega a dar o Filho Unigênito na cruz para salvar a humanidade – e as expectativas, os desejos, e os projetos dos discípulos":

"E esse contraste se repete também hoje: quando a realização da própria vida é orientada somente para o sucesso social, ao bem-estar físico e econômico, já não mais se raciocina segundo Deus, mas segundo os homens. Pensar segundo o mundo é colocar Deus de lado, não aceitar o seu projeto de amor, quase impedir-lhe de realizar o seu sapiente querer."
Por isso, Jesus diz a Pedro uma palavra particularmente dura: "Afasta-te de mim, Satanás! Tu me serves de pedra de tropeço":

"O Senhor ensina que 'o caminho dos discípulos é um segui-Lo, ir após Ele, o Crucificado. Em todos os três Evangelhos explica, todavia, esse segui-Lo no signo da cruz... como o caminho do <<perder a si mesmo>>, que é necessário para o homem e sem o qual não lhe é possível encontrar a si mesmo' (Jesus de Nazaré, Milão 2007, 333)."
Como aos discípulos, assim também a nós Jesus dirige o convite: "Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me":

"O cristão segue o Senhor quando aceita com amor a própria cruz, que aos olhos do mundo parece uma derrota e uma 'perda da vida', sabendo não carregá-la sozinho, mas com Jesus, partilhando o seu mesmo caminho de doação... Aceitando voluntariamente a morte, Jesus carrega a cruz de todos os homens e se torna fonte de salvação para toda a humanidade."
Após a oração mariana, falando em italiano, o Papa saudou alguns dos clérigos presentes no Angelus, dentre os quais, o Bispo de Petrópolis, RJ, Dom Filippo Santoro, e 17 sacerdotes.

Falando aos de língua francesa, disse, dentre outras coisas:

"O caminho da cruz é um caminho exigente, porque requer uma conversão permanente do nosso coração, deixando-nos transformar pela vontade de Deus. Não tenhamos medo de empenhar-nos, porque este é um caminho de vida!"
A cruz não é um caminho de aniquilamento, mas de confiante abandono nas mãos de Deus. A cruz é libertadora porque vence "o pecado de presunção" do homem que pensa encontrar a alegria por si mesmo.

Mas somente Deus "é capaz de satisfazer o nosso mais íntimo anseio de felicidade eterna". O Pontífice precisou isso falando aos peregrinos de língua alemã, recordando um pensamento de Santo Agostinho, cuja memória celebramos neste domingo:

"Se queres ter alegria eterna, agarra-te Àquele que é eterno." A felicidade que não passa – prosseguiu – "é o desejo mais profundo de toda pessoa. Somente Deus dá essa alegria eterna". Mas é preciso abrir-se a seu amor."

Era grande a alegria dos presentes no pátio interno da residência pontifícia de verão de Castel Gandolfo, muitos dos quais, jovens, que recriaram um pouco a atmosfera da JMJ de Madri. O Papa concluiu desejando a todos um bom domingo e agradecendo pelo entusiasmo.

O Santo Padre concedeu, a todos, a sua Bênção apostólica. 



Fonte:http://www.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=516032

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